quarta-feira, 19 de setembro de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Celebração marca o DNO 2012

O setor juventude do  NE 2 (comissão episcopal pastoral para a juventude) no encontro regional de 5 - 8 de julho no Recife dedicou a celebração do último dia de encontro aos 34 anos da PJMP. Na celebração, além de diversos padres, religiosos e responsáveis pela juventude nas mais de 20 dioceses do regional, estiveram presentes o Arcebispo de Olinda, e Recife, Dom Fernando Saburido e o Bispo de Caruaru, Dom Dino que é o responsável pela juventude no NE 2.
A celebração foi organizada pelas quatro pastorais juvenis (PJMP, PJR, PJ e PJE) e no final, foi comunicado oficialmente ao arcebispo Dom Fernando, a realização do IV Congresso Nacional da PJMP em janeiro de 2014 na arquidiocese de Olinda e Recife.





quarta-feira, 11 de julho de 2012

A linguagem do mundo




O mundo está escrito em diversas linguagens que estão interelacionadas de forma complementar dando um sentido de totalidade àquilo que está posto. O olhar alienado e fragmentado tenta universalizar um ponto de vista baseado em apenas uma ou algumas linguagens. Já o olhar sábio e esclarecido, esforça-se para compreender todas as linguagens e assim, não cair em injustiça.



Enildo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

CONFIRMADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O IV CONGRESSO NACIONAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR - PJMP SERÁ REALIZADO NA ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE - AOR
EM JANEIRO DE 2014.

sábado, 16 de junho de 2012

O que está em disputa na Rio e na Rio + 20

Por Karina da Silva Pereira, Grito dos/as Excluídos/as Brasil e Jubileu Sul Brasil
Dia 14 de junho, no Auditório da ACM, tiveram reunidos Jean Pierre Ceroy (Fase/Brasil); Etelvina Mazzioli (MST/Via Campesina); Nnimmo Bassey (Amigos da Terra/Nigéria); Nora Cortinas (mães da Praça de Maio/Argentina);  Chico Alencar (Dep. Federal PSol/RJ); Marcelo Freixo (Dep. Estadual PSol/RJ); para debater o tema “O que está em disputa na Rio + 20”, sobe a coordenação de Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul/PACS.
Jean Pierre, “fez um balanço dos últimos 20 anos, após a Eco 92, onde diversos acordos e documentos foram assinados por governantes, lembrou da Declaração do Clima e Floresta; Agenda 21 – capitulo II onde foi denunciado os países industrializados. A Convenção da Diversidade Brasil nunca criou regras de valorização das populações tradicionais, contudo, proibindo o campesinato de produzir suas sementes e impondo sementes transgênicas. A palavra desenvolvimento sustentável foi imposta como discurso e banalizando a construção do desenvolvimento (discurso toma lugar de ações). E encerra dizendo que muitos movimentos sociais tomaram consciência do seu papel”.
Etelvina Mazzioli, colocou que “hoje temos meio milhão de pessoas passando fome pelo mundo, e as mais afetadas são mulheres e crianças. O meio ambiente destruído. As terras, águas e  sementes e outros recursos naturais estão sendo apropriada por este modelo que as vem usurpando. E que dois projetos estão em disputas: o projeto do capital que é de morte; e o projeto dos povos que é de vida. A cúpula dos povos é parte da nossa luta prolongada, não cabe remendo mais justo, cabe derrotar, aqui é parte para uma batalha. Fortalecer as nossas alianças enquanto povos e a internacionalização da luta e de resistência para derrotar o capital. Esta Conferência é estratégica. Nesse momento a crise do capital quer transferir em acumulação e se organizam para se apropriarem dos territórios, transformando natureza em mercadoria é base da mercantilização. Isso está em jogo. Novo momento de acumulação do capital no discurso. Sustentabilidade, erradicar a fome, em distribuir riqueza porque não se fala. Economia verde, não teria nome melhor para o capital é a cara do capital a acumulação mais valia é de fato, grave ataque aos bens da natureza se apresenta entre diferentes propostas, conjunto de falsas soluções, que não vai resolver a crise ambiental do mercado de carbono, grandes transnacionais com setores sociais. E a Rio + 20 é o melhor cenário. Os governos nacionais da ONU acabam criando os mecanismos, a Rio + 20 é um grande big-brother para garantir o grande capital. Cúpula dos Povos, nada pode. A sabedoria dos povos saberão dizer o que fazer. O agronegócio só produz com veneno e destrói a natureza, nós enquanto Via Campesina queremos denunciar a produção de alimentos ecológicos, a Soberania dos povos e seguir fortalecendo as lutas e a esperança”. 
 Nnimmo Bassey, disse “que os amigos da Terra se vêm não só como movimentos, mas parte da luta. E conclui que acredita que é isso que estamos confrontando se restabelecemos nossa soberania, Rio + 20 ocorre dentro discurso da economia verde e erradição da fome, o que apontará é uma cúpula de negociais. A razão critica é o fato que o controle sobre a produção tudo é lucro, dinheiro eles não querem saber os impactos é necessário recuperar o controle sobre o planeta. A economia verde esta conectada ao sistema produção, exemplo, na África possui Petróleo em todo o território, igual ao Brasil. Passei o dia em visita a Duque de Caxias/RJ, para ver o impacto das grandes empresas, e verificou que a poluição é igual no mundo, os povos não são consultados, é necessário combater e superar”.
Nora Cortinas, disse “que as mães da Praça de Maio na Argentina, lutam por seus filhos mortos e em especial pelo seu filho que foi morto na ditadura militar daquele país. Disse que muitos anos a juventude sai às ruas para garantir os direitos. As mães saíram da cozinha dos afazeres domésticos e foram para a luta. Em 20 aos o que ganhamos? A repressão como se assemelham todas as ditaduras militares. O que estamos defendendo a terra, sem diferenças entre pobres e ricos. Quando passam os anos lutamos pelos filhos, hoje é por água e outros direitos. Quanto à reunião que iremos compartilhar para que o mundo seja mais justo e para preservar a paz. Serve para que partilhemos as experiências que outro mundo é possível. Expressar e dizer as inquietudes porque continuamos lutando. Crescemos na rua e para que os genocidas/torturadores, sejam punidos, tudo acontece porque há impunidade de anos e anos, que se abram os arquivos e que sejam descoberto os desaparecidos forçados, é um crime que não prescreve e que não pode ser perdoado. Nossos filhos fundos dos rios em covas desconhecidos. Até a vitória sempre”.
Chico Alencar, disse  “lembrou a letra da música Sol da Terra, do Beto Guedes, dizendo que a arte sempre desnuda melhor o discurso. E a crise como forma de sobrevivência do planeta. Desafio de reinventar a sociedade, modo de vida. Cúpula dos povos tem representar a diversidade, como construir sistema igualitário que avance que não seja predatório e destruidor. E ao lado da crise real e afetiva é necessário superar a miséria intelectual e alternativas da sociedade. É necessário ter um pé na luta e avançar na institucionalidade e a possibilidade de compatibilizarmos projeto com luta.”
Marcelo Freixo, disse “que é necessário ter em vista que o Rio de Janeiro que recebe a Rio + 20 é somente para 20% da população. A cidade vive um estado de exceção, grandes investimentos, criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e flexibilização dos direitos. Essa criminalização da pobreza e a produção medo, vem para combater o exercito de reserva que são pessoas para serem descartadas da atividade humana e construído como classe perigosa, que tem cor é pobre e mora em lugares feios da cidades. A Rio + 20, apresenta uma sociedade mais verde, com nova embalagem. A cidade dos espetáculos sem cidadania. O Rio de Janeiro não é a cidade maravilhosa para os cidadãos, é campeão de casos de tuberculose e dengue. Lugar  de choque de ordem, baseado tolerância zero. Que justiça ambiental poderemos construir”.
Encerrou a atividade com homenagem a população impactada no morro do Borel, Comperj e Vila Autódromo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012


E a Lavadeira se foi

Enildo Luiz Gouveia

            Dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, é também o dia da Lavadeira, ou melhor, da Festa da Lavadeira. O maior encontro de cultura popular regional do país congrega grupos e artistas de vários estados especialmente do Nordeste. A festa comemora sua 26ª edição provando que é possível promover eventos com grande público e ao mesmo tempo, contrariando muitos produtores e gestores públicos, manter a coerência e o apoio em relação aos verdadeiros construtores da nossa identidade do nosso povo.

            A Festa da Lavadeira nasceu da experiência de vida e da religiosidade popular numa relação indissociável entre o sagrado e o profano. Daí a beleza e a importância de sua continuidade. Lamentavelmente, acredito que por pressões do poder econômico e da falta de sensibilidade do poder local, a festa este ano não será realizada na Praia do Paiva no município do Cabo de Santo Agostinho, locus de sua concepção e sim, no Recife Antigo.

Com mais esta diáspora cultural, o município do Cabo, que apresenta um dos maiores crescimento econômico do país, ratifica seu ostracismo cultural. Sua população ano a ano, assiste passivamente o declínio de sua cultura em detrimento de expressões e eventos que sugam o dinheiro público e nada acrescentam à nossa identidade. Basta olhar, por exemplo, a programação do último Festival da Juventude do Cabo que pretensamente homenageou o centenário de Luiz Gonzaga, mas, que não contou com nenhuma participação de grupos ou artistas ligados ao ritmo e à cultura defendida pelo Rei do Baião. Ou será que alguém é tão ingênuo ao ponto de achar que Cavaleiros do Forró representa o autêntico forró nordestino?

A Lavadeira que já figurou em estudos acadêmicos como no caso do artigo de Iris Maria Cunha Lustosa (doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Goiás) que a caracterizou como um “santuário festivo e turístico” se foi. Perdemos todos nós! O que nos resta então? Sucumbir aos modismos que florescem com hora certa pra acabar e não deixam sequer saudades? Antes do adeus da Lavadeira se foram também o Encontro de Poetas Recitadores, a Festa da Ouriçada, o Encontro Pernambucano de Coco, o Festival Nacional de Teatro do Cabo e tantas outras expressões. As que resistem estão na penúria pela sobrevivência. A Lavadeira se foi e eu, como tantos outros, me vou também. Vou prestigiá-la e rezar para que um dia as coisas mudem, antes que se vão as nossas últimas esperanças.