Regozijo
Sinto-me satisfeito em suscitar a dúvida
Em criar incômodos e pensar as avessas.
Não simpatizo com a moda
Ando quase sempre na contramão
Se me querem feliz, desprezo
Sem me querem triste, alegro
Quando me vêm cantando
Pergunto-lhe qual o sentido?
Nunca me cansa a contestação
O que me cansa é a mesmice
Gosto das coisas ímpares
O singular me encanta os olhos
Vivo olhando o nada
Pois no nada me identifico
Não desejo aquilo que é comum
Minha vida é bem simples
Meus sonhos são ternos
O coração duro e singelo
Mas a mente, sempre inquieta.
Enildo – Outubro de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário